POR QUE PRECISAMOS DO CABELO? E POR QUE NÃO SENTIMOS DOR AO CORTÁ-LOS?

A palavra cabelo vem do latim capillus e em geral, os fios ou fibras capilares são constituídos basicamente por cerca de 65 a 95% de proteínas, sendo a queratina a principal proteína presente nos fios.

Os principais elementos químicos presentes na fibra capilar são o carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e enxofre.

 

 

 

 

O fio capilar é formado por três partes: cutícula, córtex e medula, cada qual com características próprias.

A superfície mais externa do fio de cabelo é denominada cutícula, cuja característica é ser quimicamente resistente, atuando como uma camada protetora. É a sua estrutura que percebemos ao tocar nos cabelos.

O córtex compreende a maior parte da massa da fibra capilar, suas células contêm proteínas e melanina – os grânulos de pigmentos responsáveis pela coloração dos fios. Ele é responsável pelas propriedades mecânicas do cabelo, como resistência, rigidez, etc.

A região mais interna é a medula, localizada no centro da fibra capilar ela é formada por fibras de queratina em pequenas cavidades. Acredita-se que sua função seja atuar como um reservatório de melanina e esteja relacionada com o brilho da fibra capilar.

Assim, pode-se dizer que o cabelo é cada um dos pelos que crescem na região do couro cabeludo, diferenciando-o dos demais pelos do corpo pelo seu formato, local e comprimento.

Mas será que precisamos do cabelo?

 

 

 

POR QUE TEMOS CABELO?

 

O cabelo tem papel fundamental na composição da nossa aparência. Ao longo dos tempos os cabelos foram considerados a moldura do rosto, o nosso “cartão de visita”, mas além da função estética, os cabelos também desempenhavam uma importante função.

Nossos ancestrais primitivos tinham que caçar o seu alimento e ficavam vários dias expostos ao sol. Dessa forma, os primeiros seres humanos dependiam do cabelo (ou pelos) para proteger a pele dos perigosos raios solares, além de impedir que o suor vindo da cabeça escorresse pelo rosto.

Ao mesmo tempo os cabelos os mantinham aquecidos, protegendo do frio. Isso acontece porque o cabelo funciona como um isolante térmico, criando uma camada de ar logo acima do couro cabeludo e diminuindo a perda de calor para o ambiente. Isso permite que a gente não sinta tanto frio nessa região.

Então, essas propriedades protetoras demandavam grande durabilidade para enfrentar os rigores do mundo externo, por isso os cabelos crescem constantemente e com um ciclo regular de renovação, pois também ajudava a manter essa barreira externa.

Com o passar dos anos e nossa constante evolução, os cabelos deixaram de ser fundamentais para a sobrevivência, não possuindo uma função vital para os humanos. Ou seja, podemos viver com a sua total ausência! Os carecas estão aí para comprovar!

Porém, o cabelo tem um enorme impacto no nosso psicológico, possuindo um valor social imensurável. Sua importância social é tão surpreendente que o cabelo pode influenciar na personalidade e na autoestima de uma pessoa, podendo ser motivo de orgulho ou de desespero.

Por isso, atualmente, tanto mulheres quanto homens criaram novos hábitos de higiene e cuidados com os cabelos, porque ele possui uma importância estética considerável.

Nos anos 60, por exemplo, o comprimento do cabelo não era apenas uma questão de moda, mas também uma manifestação política.

Cabelos naturais, propositalmente armados e sem cachos definidos; o que conhecemos comumente por “Black Power”, era destaque do grupo fundado em Oakland, Califórnia, chamado de Partido dos Panteras Negras na luta contra o racismo. Até hoje é mundialmente conhecido e as integrantes do grupo são aclamadas por mulheres negras de todo o mundo, que as enxergam como referência e inspirações para o movimento feminista negro atual.

Algumas religiões insistem na remoção completa do cabelo, enquanto outras proíbem que ele seja cortado. Em algumas civilizações antigas, o cabelo era um símbolo de poder, enquanto em outras era considerado um símbolo de sabedoria. De acordo com a Bíblia, o cabelo de Sansão o tornava o homem mais forte da Terra, e tê-lo cortado foi sua ruína.

Já na história japonesa, a importância do cabelo feminino só era menor que sua própria vida: a imortalidade do espírito feminino estava localizada em seus cabelos. Até mesmo em tempos modernos o significado do cabelo e seu estilo ainda estão profundamente enraizados em todas as culturas.

Para uma maioria das pessoas, a estética e a aparência visual são os fatores mais importantes e forma a espinha dorsal de uma indústria que movimenta aproximadamente 70 bilhões de dólares por ano no mundo inteiro.

Então, como vimos, ao longo dos anos o cabelo deixou de ser apenas uma ferramenta de proteção do couro cabeludo do sol e ações do tempo, símbolo de poder e sabedoria, ou uma questão de moda, passando também a ser um símbolo de vaidade.

Afinal o cabelo é uma das poucas características físicas que podemos facilmente alterar, quer quanto à sua forma, cor ou comprimento.

E você já parou para pensar não sentimos nenhuma dor quando cortamos os cabelos, diferentemente de quando arrancamos um dente ou cortamos um dedo.

Afinal, se o cabelo é uma parte do corpo, por que não sentimos dor ao cortá-lo?

Sabe o motivo?

 

 

CABELOS – POR QUE NÃO SENTIMOS DOR AO CORTÁ-LOS?

 

O cabelo cresce a partir da raiz de pequenas bolsas, chamadas de folículos. Cada fio é constituído por uma substância chamada queratina que é produzida por células diferenciadas da pele conhecidas como queratinócitos e alimentado pelos vasos sanguíneos presentes no couro cabeludo.

Aos poucos, os fios são empurrados para cima até tornarem-se compridos o suficiente para alcançar a pele. Quando isso acontece, toda parte da extensão do fio do cabelo, aquela que passa a ser vista desde o couro cabeludo até as pontas é considerada “cabelo morto”, mas continua crescendo, pois são células que são formadas no bulbo, se desenvolvem nessa raiz onde os fios se formam, e vão se refazendo e crescendo. São camadas e mais camadas que vão formando a extensão dos fios, mas como estão fora da epiderme são mortos.

Dessa forma quando o fio sai da parte interna do couro cabeludo, ele deixa de ser vivo, pois não está recebendo mais seus nutrientes e se compõe de células mortas. E diferente do resto do nosso corpo, essa estrutura não possui terminações nervosas.

As terminações nervosas são estruturas que transportam para o cérebro a dor quando nos cortamos, queimamos ou batemos em alguma coisa, e também são elas que nos faz sentir que algo nos toca e se estamos tocando uma textura fina, grossa, áspera ou fofinha.

São uma espécie de informadores a dizer que alguma coisa está a tocar ou a fazer mal ao nosso corpo.

Como a haste capilar, que são os fios, é composta de células mortas, essas estruturas não possuem terminações nervosas e por isso não enviam sinalização de dor ao cérebro caso sofram danos. Por isso, cortar o cabelo não é problema para o corpo. Dessa forma, podemos cortar os cabelos quantas vezes forem necessárias que nunca sentiremos dor.

Mas quando arrancamos um fio de cabelo doí, não é mesmo?

Isso acontece porque a raiz, assim como o bulbo e a parte interna das fibras do fio e é parte viva do cabelo, logo quando puxamos ou arrancamos o cabelo sentimos dor porque é arrancada uma raiz viva com terminações nervosas.

Mas pelo menos cortar as madeixas não doí, não é mesmo!

Ufa!

Imagine! Se cortar os cabelos doessem, seríamos uma bola de pelos, pois nem todo mundo ia querer passar por um processo cirúrgico para cortar essas estruturas.

 

 

CREME PARA PENTEAR

 

O creme para pentear ajuda a desembaraçar e controlar os fios. Portanto, aprenda como fazer Creme para Pentear.

 

FORMULAÇÃO:

QUANTIDADE
COMPONENTES FASE (%) 100,00 g 1,00 Kg FUNÇÃO
Água Destilada A qsp 100,00 qsp 100,00 qsp 1,00 Veículo.
Quaternário de Amônio 50% A 3,00 3,00 g 30,00 g Agente antiestático, antisséptico.
Incroquat B 3,00 3,00 g 30,00 g Emulsificante, agente condicionador.
Álcool Cetoestearílico B 4,50 4,50 g 45,00 g Emoliente, emulsificante, espessante.
Álcool Cetoestearílico 20OE B 0,30 0,30 g 3,00 g Emulsificante.
Óleo Mineral B 1,00 1,00 g 10,00 g Condicionante, emoliente.
Água Destilada C qsp 100,00 qsp 100,00 qsp 1,00 Veículo.
EDTA Dissódico C 0,10 0,10 g 1,00 g Quelante.
Ácido Cítrico C 0,10 0,10g 1,00 g Acidificante.
BHT C 0,05 0,05 g 0,50 g Antioxidante.
Propilenoglicol C 2,00 2,00 g 20,00 g Umectante.
Koralone LA D 0,05 0,05 g 0,50 g Conservante.
Essência D 0,40 0,40 g 4,00 g Perfume.

 

MODO DE PREPARO:

Em um recipiente adequado adicionar 50% do volume total da água destilada em uma temperatura a 60°C, em seguida adicionar as matérias-primas da FASE A e agitar. Em outro recipiente dissolver a FASE B a 75-80 °C.

Acrescentar a FASE B sobre a FASE A e agitar lentamente mantendo a temperatura constante por 15 minutos.

Iniciar o resfriamento com a adição da FASE C, acrescentando os outros 50% do volume total da água destilada, em temperatura ambiente, juntamente com os outros componentes da FASE C, previamente diluídos na água, de forma lenta e contínua mantendo a agitação.

Abaixo de 35°C, adicionar a FASE D na mistura e homogeneizar.

pH5,0 – 6,0. Caso necessário, ajustar o pH com ácido cítrico, misturar durante 10 minutos. Adicionar aos poucos.

Esperar o total resfriamento e embalar.

 

MODO DE USAR:

Aplicar uma pequena quantidade nos cabelos úmidos ou secos e espalhar bem. Não enxaguar e pentear normalmente.

 

Veja também “TIPOS DE PELE: QUAIS SÃO E COMO IDENTIFICAR?”.

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