COSMÉTICOS SEM GÊNERO: CONHEÇA A TENDÊNCIA GENDERLESS

Em tempos de desconstrução de padrões e estereótipos de gênero, a aproximação entre o feminino e o masculino ganha relevância no mercado cosméticos, assim como já é uma realidade no universo da moda. Apesar da maquiagem ainda ser categorizada por gênero nas sociedades ocidentais, as marcas estão começando a adotar uma mentalidade mais neutra em termos de gênero. Portanto, entenda mais essa nova tendência no mundo dos cosméticos. Confira!

Uma nova consciência sobre o impacto negativo dos estereótipos masculinos rígidos na saúde mental dos homens, ligando masculinidade à força física e restrição emocional, cresceu recentemente. Isso levou ao encorajamento social de expressões de afeto e emoções.

E em diferentes setores, as marcas estão começando a reconhecer a nova mentalidade em torno da diversidade de gênero, e o movimento genderless ganhou ainda mais força com a chegada da Geração Z  (nascidos entre 1996 e 2010) ao posto de principais consumidores potenciais dos próximos anos.

Por exemplo, em agosto de 2019, a Chanel Beauty apresentou sua primeira modelo transgênero. A norte-americana Teddy Quinlivan foi contratada para estrelar uma campanha de beleza no Instagram da marca. Em agosto de 2018, a Chanel lançou sua primeira coleção de maquiagem masculina, a Boy de Chanel.

Isso mostra que a aproximação e a fluidez entre o masculino e o feminino, em novas linhas de produtos, conceitos e campanhas é um forte movimento nos setores de moda e beleza.

Mas o que seria esse movimento, essa tendência?

 

O QUE É GENDERLESS?

 

Para você, o que seria feminino ou masculino? O que caracteriza alguma roupa ou objeto, que seja destinado a menino ou menina? Já parou para pensar o que nos fazem rotular o gênero das coisas? Seria o comércio? A mídia? A bagagem cultural? Ou um pouco de tudo isso?

Que tal imaginarmos a desconstrução de toda essa nomeação?

Imaginou?!

É aí que entra o genderless!

Genderless é um termo utilizado para caracterizar o movimento que não faz distinção de gênero. Por isso, não é mais “para ele” ou “para ela”, agora é “para você” ou “para nós”!

A ideia é criar uma quebra de barreira de gênero, onde a cultura passa a ser a valorização da imagem individual da pessoa propriamente dita, sem rótulos ou pré-julgamentos.

Partindo desse princípio, o movimento genderless, também conhecido como androginia ou agênera, é muito mais do que ser apenas unissex. É permitir a livre expressão e gosto do ser humano, independentemente do gênero que o foi pré-estabelecido.

 

COMO SURGIU A TENDÊNCIA GENDERLESS?

 

A arte e a moda foram o berço da neutralidade de gênero. Para você ter uma ideia, até a Idade Média, as roupas de homens e mulheres tinham a mesma modelagem.  Foi a partir de 1700, que diferenças consideráveis foram inseridas no vestuário com base no gênero.  Dá para acreditar?

A chegada do Iluminismo marcou uma quebra do equilíbrio que existia nessa relação com as roupas. A partir de então, passou-se a perceber maior extravagância nas roupas femininas, que buscavam representar sedução e graça.

Ao mesmo tempo, o vestuário masculino passou a lembrar valores como o mérito, o trabalho e a elegância severa, em oposição à fragilidade e delicadeza atribuídas ao feminino.  Essa distinção foi pautada no discurso cristalizado do sexo frágil.

Foi a Coco Chanel, estilista símbolo da mulher moderna que reinventou a moda feminina e incorporou a ela elementos da moda masculina, como camisas, calças e blazers. Essa virada aconteceu depois de 1920, levando maior ousadia e poder para o vestuário feminino.

De início, a revolução foi presenciada na indústria da moda e, aos poucos, esse novo estilo passou a influenciar na forma como as mulheres se vestiam.

Dessa forma, as reflexões sobre construções culturais que definem papéis masculinos e femininos vêm pautando discussões há décadas.

Na década de 1970, o cantor David Bowie foi um precursor e expoente da tendência, incorporando tanto elementos masculinos quanto femininos em seu visual. Nos anos 1980, o estilista Jan Paul Gaultier também apostou em desfiles que rompiam com a tradição binária, onde as peças eram exclusivamente dedicadas a mulheres e homens.

Não demorou muito para as prateleiras de cosméticos também apresentarem produtos sem distinção de gênero. Há mais de 20 anos, o unissex ganhava destaque na categoria de fragrâncias com perfume Ck One, lançado pela Calvin Klein em 1994. Outras grifes apresentaram criações sem gênero nos anos seguintes, como a Dior, com a Collection Privée.

Em 2015, O Boticário lançou a linha Egeo 7 Tentações, uma edição limitada com sete fragrâncias multigênero.

Em 2016, Avon lançou a campanha sem gênero “Para todES! ” para apresentar o BB Cream Mate, da linha Color Trend. O vídeo – que viralizou nas redes sociais – apresentava modelos de ambos os sexos e artista Elke Maravilha convidando o consumidor a “ preparar uma pele maravilhosa”.

E em 2018, a Natura apresentou o Faces [No] Gender, primeira fragrância genderless da marca, com notas cítricas e de especiarias.

Atualmente a linha entre gêneros está se tornando mais tênue, estamos diante de uma mudança cultural. Com a quebra de barreiras entre o masculino e feminino, estamos vendo além de uma tendência na moda, o crescimento desse tipo de produto em todas as categorias de cosméticos, como cuidados com a pele, cuidados pessoais, cuidados com os cabelos, maquiagem e fragrâncias.

 

COSMÉTICOS SEM GÊNERO: CONHEÇA A TENDÊNCIA GERDERLESS

 

Graças à tendência genderless ou gênero neutro, muitos itens de beleza não mais são direcionados exclusivamente para mulheres ou homens, mas muitas vezes são desenvolvidos, promovidos e comercializados para ambos os gêneros, ou independentemente deles. E no mercado cosmético, a tendência ganha espaço com itens multifuncionais e embalagens clean e minimalistas.

Mas provavelmente você deve estar se perguntando: Não existe diferença entre a pele feminina e masculina? Esses produtos podem ser eficientes para qualquer tipo de pele?

Quanto aos cabelos, devemos lembrar que a velocidade de crescimento e o comprimento final dos fios tem uma correlação com gênero. Estudos feitos com gêneros mostram que cabelo das meninas crescem mais e mais rapidamente do que os dois meninos.

Os hormônios também podem influenciar na pele e nos cabelos. Devemos lembrar que o corpo humano contém estruturas chamadas glândulas que produzem uma secreção que é jogada na corrente sanguínea denominada hormônio. E existe algumas diferenças entre os gêneros no que diz respeito às glândulas podendo interferir na pele e no cabelo.

O grupo de hormônios que mais interferem na pele e nos cabelos é o dos andrógenos, chamados de hormônios masculinos, mas presente em ambos os gêneros. Eles são produzidos essencialmente nos testículos e na suprarrenal nos homens e nos ovários e na suprarrenal nas mulheres.

Simplificadamente, podemos dizer que, nos homens, os andrógenos são responsáveis pelos caracteres masculinos (voz, barba, etc.), e nas mulheres, eles servem para manter a força muscular e estimular a libido.

Pelos corporais são exemplo maior de alta relação hormonal. Salvo em algumas raças, na maioria dos seres humanos, homens têm mais pelos corporais que mulheres. Na barba também vemos essa relação. Nas axilas, apesar de parecer haver diferenças, elas não existem.

A glândula sebácea, responsável pela produção de sebo, é totalmente sensível a nível de andrógeno circulante. Sua produção é normalmente maior nos homens do que nas mulheres fazendo o que a maioria deles tenha cabelos e couro cabeludo mais oleosos do que elas. Isso nos leva a pensar que deveríamos formular produtos específicos para um e para o outro.

Mas, também podemos ter linhas genderless. Produtos para estilo, cremes finalizadores, produtos tipo leave-on ou leave-in podem ser usados por qualquer consumidor, mas é preciso ter atenção na preparação de certas formulações para que atenda de forma eficiente ao consumidor genderless.

Por isso, abaixo segue alguns produtos que podem ser usados por homens e mulheres, sem neura!

 

1 – Hidratante Tonalizante 

O hidratante tonalizante oferece também proteção solar com FPS 30 e contra raios UVA, Luz visível e Luz azul. Por ser tonalizante, contém, ainda, uma tecnologia super inovadora: pigmentos que se adaptam à tonalidade da pele!

Diversas marcas internacionais têm investido nesse tipo de tonalizante, fazendo um enorme sucesso entre o público consumidor, que busca um diferencial nos cosméticos modernos. A marca TLM é o principal exemplo desse sucesso.

 

2 – Sabonete Demaquilante e Hidratante

O sabonete com ação demaquilante e hidratante também é para todos os tipos de pele (e gêneros!). Ele é ótimo para remover impurezas que se acumulam ao final do dia, e também ajuda a evitar foliculite nos pelos do rosto – homens e mulheres sofrem com esse problema, não é mesmo?

O produto, que possui polihidroxiácidos em sua composição, também promove uma esfoliação leve. Sua limpeza profunda remove as células mortas, cujo acúmulo deixa a pele sem brilho, áspera e com pelos encravados.

 

3 – Loção Bifásica

A loção bifásica é o produto perfeito para quem precisa limpar e demaquilar a pele de forma mais prática, mesmo se a maquiagem for de difícil remoção! Tudo isso porque contém tensoativos suaves, capazes de remover bases siliconadas. Além disso, a loção remove o pigmento do hidratante tonalizante.

A diversidade tem sido bastante debatida na sociedade, e as marcas têm começado a repensar os padrões de consumo convencionais. As grandes mudanças partem das minorias e por isso as marcas estão fazendo apostas de inovação muito interessantes, sem gêneros e sem preconceitos em diferentes categorias.

 

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